Nem toda bactéria é inimiga. Cuidado!

Proteger o filho é o papel dos pais, mas essa proteção tem limites. Não dá para impedir as crianças de ter suas próprias experiências. E é por meio desse contato com o que ainda não conhecem é que elas aprendem a lidar com perdas, crescem e amadurecem. Este conceito se aplica às vivências emocionais, e também em relação ao nosso organismo.

Nosso corpo também deve ter suas “experiências” para que ele possa desenvolver mecanismos de defesa. Você já percebeu que parece que as crianças de hoje tem uma saúde mais frágil que antigamente? Talvez isso esteja relacionado a uma superproteção. Criança precisa se sujar, andar descalço, ser exposta a bactérias e organismos existentes no meio ambiente para que o corpo saiba lidar com as adversidades. Claro que sem exageros e negligências.

Veja o caso dos sabonetes antibacterianos. Eles já passaram a ser proibidos nos Estado Unidos, pois, segundo a Agência Americana de medicamentos e alimentos, não ne mostram mais eficientes que os sabonetes normais, e o pior, podem trazer danos a saúde, como problemas ao sistema imunológico, podendo causar uma resistência bacteriana.

“Não venho aqui falar que os sabonetes antibacterianos são prejudiciais, a ideia mesmo é alertar para o uso de medicamentos e produtos que combatem as bactérias, as quais, nem sempre são prejudiciais à nossa saúde. Faço esse alerta em palestras voltadas também à colegas e futuros médicos, afinal serão eles os responsáveis por disseminar uma nova forma de proteção”, explica o otorrinolaringologista WilIan Mattos.

O benefício das bactérias favoráveis ao organismo foi tema de palestra ministrada pelo médico otorrinolaringologista, Wilian Mattos no Congresso Goiano-Brasiliense e Centro-Brasileiro de Otorrinolaringologia realizados este ano em Brasília.